Como é feita a vasectomia?
A vasectomia é um método de contraceção masculina permanente. Durante a cirurgia, os ductos deferentes, que transportam os espermatozoides dos testículos para se misturarem ao fluido seminal, são cortados ou bloqueados. Isso impede que os espermatozoides sejam incluídos no esperma ejaculado, tornando o homem incapaz de engravidar uma parceira.
Como é feita a vasectomia?
A vasectomia é realizada de forma rápida e geralmente com anestesia local. Existem dois métodos principais:
- Vasectomia convencional:
- É feita uma pequena incisão no escroto para acessar os ductos deferentes.
- Os ductos são cortados, amarrados ou cauterizados.
- A incisão é fechada com pontos ou cola cirúrgica.
- Vasectomia sem bisturi:
- Utiliza-se uma pinça especial para fazer uma pequena abertura no escroto.
- O procedimento para bloquear os ductos deferentes é o mesmo, mas não há necessidade de pontos.
- Este método é menos invasivo e tem recuperação mais rápida.
- Este é o procedimento de escolha na clínica.
Vantagens da vasectomia
- Eficácia elevada: É um dos métodos contraceptivos mais confiáveis, com uma taxa de sucesso superior a 99%.
- Permanente: Ideal para homens que não desejam ter mais filhos.
- Procedimento simples e seguro: Tem baixa taxa de complicações.
- Não interfere na produção de hormonas masculinas, desejo sexual ou capacidade de ter ereções e ejacular.
Recuperação
- Geralmente, os pacientes voltam às atividades normais em poucos dias.
- Pode haver algum desconforto, inchaço ou hematomas nos primeiros dias.
- Recomenda-se evitar atividade física intensa e relações sexuais por cerca de uma semana.
Importante saber
- A vasectomia não afeta a ereção, volume seminal ou produção hormonal masculina.
- Após a vasectomia, pode levar várias semanas ou ejaculações para que o esperma fique totalmente livre de espermatozoides. Por isso, é necessário usar outro método contraceptivo temporariamente até que o médico confirme a ausência de espermatozoides através de um exame de espermograma.
Reversão de Vasectomia:
A reversão de vasectomia é um procedimento cirúrgico que tenta restabelecer a fertilidade masculina após uma vasectomia. Durante a reversão, os ductos deferentes, que foram cortados ou bloqueados durante a vasectomia, são reconectados para permitir novamente o transporte de espermatozoides dos testículos para o esperma ejaculado.
Como é feita a reversão de vasectomia?
A cirurgia é realizada por um urologista especializado, sob anestesia geral. Existem duas técnicas principais:
- Vasovasostomia:
- Reconexão direta das extremidades cortadas dos ductos deferentes.
- É a técnica preferida quando o fluxo de espermatozoides nos ductos deferentes é confirmado.
- Epididimovasostomia:
- Conexão do ducto deferente diretamente ao epidídimo (uma estrutura que armazena espermatozoides).
- Usada se houver obstrução ou danos no epidídimo, o que pode ocorrer quando muito tempo passou desde a vasectomia.
A técnica a ser utilizada é decidida pelo cirurgião durante o procedimento, com base na condição dos ductos deferentes e presença de espermatozoides no fluido.
Taxas de sucesso
A taxa de sucesso depende de vários fatores:
- Tempo desde a vasectomia: Quanto menor o intervalo, maior a probabilidade de sucesso. Por exemplo:
- Até 10 anos: taxas de 80%-90% de retorno dos espermatozoides.
- Mais de 10 anos: taxas entre 60-70%.
- Saúde geral do paciente e da parceira.
Mesmo com o retorno dos espermatozoides ao esperma, a gravidez depende de outros fatores, incluindo a qualidade dos espermatozoides e a saúde reprodutiva da parceira.
Recuperação
- O pós-operatório geralmente é tranquilo, com dor e inchaço leves que podem ser tratados com analgésicos.
- É recomendável evitar atividades físicas intensas e relações sexuais por cerca de duas a quatro semanas.
- Um exame de espermograma é realizado algumas semanas após a cirurgia para verificar o sucesso do procedimento.
Alternativas à reversão
Se a reversão não for possível ou desejada, há outra opção para concepção, como captação cirúrgica dos espermatozóides no epidídimo ou testículos com posterior realização de fertilização in vitro (FIV)
